Transposição do Rio São Francisco
Hoje voltou-se a falar na transposição, todas as matérias jornalísticas, que eu li, falam: “de controvérsia ambiental”.
Não há nada de controvérsia ambiental.
O rio é o talvegue, expressão que define a área mais baixa de uma região. Onde todas as águas, obrigatoriamente têm que passar.
As águas que se infiltram em toda a bacia de um rio, que não são evaporadas ou absorvidas por plantas e animais, retornam ao rio, ou superficialmente ou por percolação ou lixiviamento e o rio as empurra pro mar.
O mar é salgado, não porque um navio carregado de sal, nele afundou, como me ensinou a minha bisavó. Mas, porque ele não deságua pra lugar nenhum. Só evapora. O vapor d’água não carreia o sal. Esse fica.
E é por isso que o mar é salgado. E os rios são os drenos naturais e de dessalinização de uma região.
Com a transposição, o São Francisco não deixará de ser esse dreno, apenas drenará e dessalinizará outras regiões, além de levar agua doce a regiões onde, durante longos períodos, não existe.
O que tem que ser feito é a sua revitalização: dragagem, em alguns pontos e refazer as matas ciliares em suas margens e afluentes.
A idéia de se construir barragens sucessivas, na mesma bacia, com o objetivo de reter o excesso d’água superficial e subterrâneo, na época das chuvas que correm para o mar, é igualmente, equivocada.
Deve-se, em qualquer circunstancia, deixar que, pelo menos, dois terços da recorrência de chuvas flua sobre toda extensão da bacia até o mar. Para mantê-la dessalinizada. Sob pena de o efeito mar recair sobre todas as barragens, a começar da mais próxima da foz.
Acontece que as propriedades rurais têm donos.
Acontece que as propriedades rurais, normalmente, se limitam através de rios. Rios que são os formadores de bacias. Portanto as bacias têm donos.
As leis que existem não são aplicadas e não proíbem que cada dono daquela bacia construa um açude. Se todos podem e constroem, a água não chegará ao mar. E aí, de novo, teremos o efeito mar recaindo em cada um dos açudes, a começar pelos que menos transbordam que são os ultimos novamente.
É preciso que aprendamos com a NATUREZA. Agora, se não sabemos, é melhor ficarmos calado. E não inventar nada.
Eu desejo rogar uma praga aos ditos ambientalistas, verdes, histéricos e a todos os que são contra a transposição do São Francisco. Tomara que a sua casa, a sua cidade e toda a sua região fique sem agua potável por um mês só. Só quero 1 mês.
Quando leio sobre a transposição
do famoso Rio São Francisco,
muita gente avalia o seu risco
com aparente acuidade e precisão
Teorias absurdas surgirão
dos verdes e histéricos ambientais,
jornalistas opinando, é demais!
Fomentando tremenda confusão
O que se passa, de fato, é leviano.
A imprensa irresponsável ou por engano,
deixando a população atoleimada
É que sempre apareça um abelhudo.
O jornalista fala sobre quase tudo,
mas entende quase tudo sobre nada.
Moita
21 Comments:
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Menino, você é tão surpreendente.
Que aula! Eu não sabia nada disso e você em poucas palavras e em perfeito soneto esclareceu tudo.
Sua praga pode não fazer efeito, mas suas palavras iluminaram o tema, tão controverso.
Obrigada.
Beijos
Moita,
Sinceramente, tenho preocupações que as obras da transposição do São Francisco sejam feitas pelo governo do pt.
Aí teremos o "SãoDuto"
Caro Moita, já que eu, tu e Lula concordamos nesta / quase me limito a agradecer pela supimpa aula / que mostra bem toda a árvore genealógica / do sal grosso que usei há pouco / para saborear com gosto o meu churrasco/ e do sal que conserva o charque. / Fosse eu de me contentar com muito / satisfeito ficaria e bem quieto / curtiria agora a minha sesta / mas acontece que, guloso e alerta / depois de churrasco e da cerveja / ainda quero a sobremesa / então sigo teu raciocínio / e monto a minha peça / pra mostrar que foi bem entendida / a lição que puseste à mesa. / - O boi pasta e bebe / e sobre o campo do seu repasto / vai deixando pegadas, mijo e bosta / estas mesmas são depois / pelas chuvas e sangas arrastadas / pelos rios vão-se à praia / e nas salinas fazem pousada / de lá, bem ensacadas / voltam ao boi que arde nas brasas.
E agora, antes de me deitar na rede / e curtir as imagens da doce / e da salgada viagem / permito-me um pitaco / a querer concluir com minha própria rima / ainda que da tua partida / os teus versos de cordel-soneto-pagode. / Ali, na última estrofe / canto com a minha grossa arte: / - Pois não é que sempre aparece um abelhudo! / - O jornalista - que fala sobre quase tudo, / pois de tudo entende um quase nada. / E além desses ainda há os padres.
Grande abraço.
Jean Scharlau
Moita,
fiquei confusa.
Se revitalizar não transpõe?
Beijocas
Gusta
Deve-se transpor e a revitalização deve ser uma ação permanente, que aliás já deveria ter começado em 1950.
um beijo
Completando:
Pois não é que sempre aparece um abelhudo!
- O jornalista - que fala sobre quase tudo,
pois de um tudo entende quase nada.
E além desses ainda há os padres
que têm por missão divina
da terra ser o sal
mas há os que não querem
voltar a salgar o sertão
antes de seguir ao mar.
Completando:
Pois não é que sempre aparece um abelhudo!
- O jornalista - que fala sobre quase tudo,
pois de UM TUDO entende quase nada.
E além desses ainda há os padres
que têm por DIVINA MISSÃO
da terra ser o sal
mas há os que não querem
voltar a salgar o sertão
antes de seguir ao mar.
Jean Scharlau
E se n�o chover na regiao para onde for transplantado?
Ed, me sinto uma idiota..
Pq???
Sou estudante de jornalismo, e assim como a Sara...
não sabia deste assunto...
afff...
bjs* pra ti...
Boa Noite!
Pbg por ter me deixado ontem tc sozinha, tão gentil q às vezes sinto até saudades.
Um texto informativo, q tds precisam ler e conhecer, divulgue-o.
Beijos Poéticos.
;**
Moita,
Taí um assunto que eu ainda não consegui ter uma opinião formada. Seus argumentos são bem lógicos e plausíveis, mas preciso entender um pouco mais.
O que ocorre mesmo, é a disputa eleitoreira. Outro dia assisti um debate com alguns críticos e o governador daqui, Paulo Souto, que ficou bem clara essa tendência.
Outro dia li que Elba Ramalho cancelou um show ao saber que havia um movimento em João Pessoa (terra dela) para vaiá-la, já que ela é contra a transposição.
Como vc ver, é um assunto que mexe muito com as emoções, algumas nem tanto sinceras.
Abs,
Vinícius Factum
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Moita,querido
Não sou verde, jornalista e nem padre.
Apesar do texto de esmero técnico e domínio científico, confesso que fiquei confusa (a culpa é minha). No comentário do Jean piorou a confusão mental pelo fato de politizar ("já que eu, tu e Lula concordamos") a transposição, digo o texto.
Bjs,
Moita, meu caro,
Tem corrente nova para v. lá no euodeiolula...
Me tiraram do frevo, agora passo a peteca para você rsrsrs
Coisas da Saramar...(E do Peninha)
Grande abraço,
Carlos
www.euodeiolula.blig.ig.com.br
Moita, sou jornalista mas não conheço tão bem a região para ter uma opinião formada. Já ouvi de tudo e bons argumentos de ambos os lados e ainda não sei o que é melhor.
Mas sempre acho que tem que se pensar no beneficio imediato mas principalmente a longo prazo o que isso vai representar para a região e seus moradores em termos de qualidade de vida.
Vou tucanar...ficarei em cima do muro...rsrs.
Bjos.
Moita, você não é mole...
Sensacional!!!
Abs,
M. Cotrim
Acredite amigo, eu tambpem fico indignada com isso, atpe mesmo, porque eu me qustiono: para que jogar litros e litros de água no mar se podemos ajudar a salvar da seca e da morte poeirenta de sede muitas regiões? Grandes animais esses extremistas!
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Everaldo magalhães
O Projeto de Transposição do São Francisco com suas adutoras projetadas é uma obra necessária, economicamente viável, socialmente viável e até do ponto de vista da compaixão, imprescindível.
Como a despoluição do Tamisa, os recursos para a manutenção da despoluição são indispensáveis.
Se você constrói uma obra que é necessária tem que suprir no planejamento/orçamento a sua manutenção eterna!
Sinto muito. Mas ao invés de responder todos os seus questionamentos. Respondo somente este e acho que já respondi todos.
Everaldo magalhães
O Projeto de Transposição do São Francisco com suas adutoras projetadas é uma obra necessária, economicamente viável, socialmente viável e até do ponto de vista da compaixão, imprescindível.
Como a despoluição do Tamisa, os recursos para a manutenção da despoluição são indispensáveis.
Se você constrói uma obra que é necessária tem que suprir no planejamento/orçamento a sua manutenção eterna!
Sinto muito. Mas ao invés de responder todos os seus questionamentos. Respondo somente este e acho que já respondi todos.
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