Nova espécie humana
No Brasil, as preocupações com os ricos são infinitamente maiores do que as preocupações com os pobres.
Comecemos com os aeroportos. A crise do apagão aéreo tem mobilizado diuturnamente toda a elite brasileira, imprensa, Senado, Câmara dos deputados e etc.
As rodoviárias, especialmente as do interior do nordeste, têm, nos seus banheiros, casos de saúde publica que a vigilância sanitária já deveria ter interditado alem de instalações precárias, ônibus caindo aos pedaços, pneus carecas, imperícia de motoristas que muitas vezes bebem ao longo do trajeto. É um inferno.
As Universidades são uma preocupação constante do Congresso e da imprensa. São projetos de melhoria e aperfeiçoamento constantes. As escolas públicas primárias funcionam muitas vezes sobre carcaças de ônibus abandonadas e com os mesmos aspectos sanitários com que descrevi as rodoviárias,
A separação está simplesmente e inclusive no fato que tudo que é pros ricos, pras elites é federal: universidades, aeroportos. E tudo que se destina aos mais pobres é municipal: escolas públicas primárias, rodoviárias e o prudente etc.
Não estou defendendo que o apagão aéreo e certos aspectos falhos das universidades não sejam motivos de preocupação e suor no sentido de corrigi-los.
O que defendo com veemência que não se criem no Brasil duas novas, diferentes espécies de seres humanos; os ricos federais e os pobres municipais. Se já não foram criadas.
17 Comments:
Eu sugiro mdois Brasis: o "deles" e o nosso. "eles" ficam isolados em Brasília e não enchem o "nosso" saco aqui no bananão...Que tal?
Moitinha
Não tinha pensado nisso ainda.
De fato, A federação que sangra todo mundo com impostos escorchantes se preocupam mais com as elites. Ao municipio que também é um dos escorchados pela federação lhe é dada a função de cuidar dos mais pobres.
Parabéns Doutor.
beijokas
Moita,
Na verdade estão criando vários Brasis.
SDS
Moita, meu velho, você está desaparecido!
Patrick
www.blogdopatrick.br21.com
Moita...
Deixando apenas...
Beijos Poéticos.
;****
Visita o blog que pode mudar a tua vida.
http://dimar71.blogspot.com
divulgue.
Este comentário foi removido pelo autor.
Sabe, Moita, eu não havia atentado para essa divisão: ricos = federais e pobres = municipais.
Na questão dos aeroportos até entendo, mas a educação infantil ser relegada à pobreza (em todos os sentidos) da edilidade brasileira é mais uma demonstração de como esse país vive de cabeça para baixo.
É também a mais perfeita demonstração de como nossos políticos se preocupam apenas consigo próprios e o seu presente. O futuro, ah! para que pensar nisso? Que se dane.
beijos agradecidos
P.S. Você é um gentleman
Exatamente. É isso mesmo.A mídia defende o sistema e seus donos.Depois tem gente que faz de determiandos jornalistas os seus gurus.
Taí Moita, também não havia atentado para isso, sua observação é perfeita, o pobre compra menos, mas nem por isso paga menos impostos, talvez seja o que mais paga, só que não tem consciência do poder que tem nas mãos e não o exerce, só é lembrado na hora da eleição, enquanto os políticos se não pertencem a elite, pensam logo em ascender a ela assim que eleitos e os pobres que se danem. Lembra de um personagem do Chico Anysio, um político que tinha horror de pobre, porque ele já havia sido pobre e queria mais que os pobres se explodissem?
Bom domingo, beijo
Ô Moita, hoje não vou concordar mto com vc, não. Ando revoltadíssima com pobre.
To trabalhando no centro e fazendo constatações a respeito.
Pobre fede, é mal educado, fala alto, empurra as pessoas pra andar no meio da rua, joga lixo no chão, é barango, gosta de funk....
Ô RAÇA MALDITA!
O Brasil é o país dos contrastes, esta frase é célebre e o sujeito que a proferiu não imaginava o quão certo estava. O grand eproblema é que sem a evolução da parte de cima a parte de baixo não anda. Triste fim.
Opa, Moita! Você está certo! E nessa divisão desigual, incoerente e fosca, caminhamos esquizofrênicos em busca do sorriso patriótico que disfarce nossas gengivas banguelas... antes que tudo vá pelos ares. Grande abraço!
^Moita,
Mudando um pouco de assunto... Escrevi hoje no meu blog sobre o tema: SENADORES SEM VOTO. Leia minha opinião e dê a sua também. Aguardo.
www.blogdopatrick.br21.com
na mosca ! sempre foi assim, o município arrecada arca com todas as despesas e ainda sustenta o governo federal. ( o mesmo ocorre com estados, cada vez mais empobrecidos)
é incrível me mandaram aquela entrevista do Marcola onde ele diz : *Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. *
é essa nova raça que assombra meu caro amigo, ela cresce de uma forma veloz e invisível por culpa da raça superior federal.
Moita,
você está absurdamente certo. É imoral que uma única raça seja sempre dividida, entre brancos e negros, católicos e protestantes, ricos e pobres, europeus e latinos, nordestinos e sulistas e agora mais essa... Federais e municipais... Públicos e privados...
Uma grande vergonha!!!
Bjs (Des)conexos!:)
Grande Moita. Concordo de cabo a...
até o fim.
Ainda gastam em pesquisas para ver se o apagão aéreo baixa a popularidade do presidente. Não se dão conta que os votos não estão ali?
Os pobres, os miseráveis contentam-se com as migalhas que estão lhe dando agora porque nem imaginam uma condição melhor. Nunca foram tratados com dignidade, nunca tiveram oportunidades de forma abrangente. Raros casos de pessoas realmente pobres que conseguem alguma coisa no Brasil. Então, encante-os com uns trocados que os votos vêm. Enquanto isso, escolas apodrecem pelo chão, crianças estudam em meio turno, meio ano, com greves, meio que empurradas passam de ano para serem apenas eleitores que consomem algumas calorias diárias, o suficiente para trabalharem e se aposentarem com meia dignidade.
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